sábado, 5 de junho de 2010

TEXTO SOBRE A ECONOMIA MUNDIAL E A ASCENÇÃO DA CHINA PUBLICADO EM 10/2008 NO DIARIO DE CANOAS

Economista orienta a voltar
olhos para os países asiáticos
INDÚSTRIA SETOR EM AÇÃO 21.10.2008 2
Empresa é destaque em
automação comercial
O momento econômico
atual é de
grande expectativa.
Alguns empresários
temem que a indústria canoense
- focada na área
de agronegócios, energia,
siderurgia e indústria pesada
no geral – sinta reflexos
da crise global. O
economista Gilberto Elói
Milani orienta os empresários
a prestar atenção
no mercado chinês.
“É preciso ficar atento
à economia chinesa
que, como se percebe,
não está sentindo tanto a
crise, pois sua economia
não estava lastreada no
mercado financeiro e sim
no produtivo, onde quase
não há perdas”, afirma.
Hoje, de acordo com o
economista, os chineses
concentram mais de 50%
da produção industrial do
mundo, com PIB de US$
2,7 trilhões, reservas de
US$ 1 trilhão, dívida de
US$ 400 bilhões e risco
zero no mercado financeiro,
área imobiliária e
derivativos que não representam
13 % da dívida.
Exatamente o contrário
dos países ocidentais,
que trocaram a produção
pelo mercado financeiro
de papéis, lastreados em
outros papéis, sem valor
ligado a negócios produtivos.
ESTRATÉGIAS - A dica
de Milani é que o empresariado
brasileiro deve
focar o mercado asiático,
em geral, e o africano
(basicamente produzindo
matérias-primas de interesse
dos asiáticos), bem
como produzir alimentos
e abrir mercados junto à
África em agronegócios
(tratores, implementos,
tecnologia de produção
agrícola, entre outros).
O economista destaca
que aquele empresário
que focar seus negócios
na Ásia e na África
irá sobreviver no longo
prazo, independente do
rumo que a crise tomar.
“Para isso, funcionários
terão que ser treinados
para que conheçam a cultura,
língua, o modo de
vida das referidas nações,
além de conhecer sua atividade
e seus processos
produtivos, sua capacidade
de produzir e suas carências”,
diz. A idéia é focar
a produção brasileira
naquilo que eles não têm
ou somos mais capazes de
produzir. Conforme Milani,
será necessário que
as empresas façam investimentos
pesados na área
de pessoal e treinamento,
e elaborem estratégias
junto a estes mercados.
Gilberto Elói Milani é economista,
contabilista, especialista
em Finanças pela Fundação
Getúlio Vargas/SP, mestre
engenheiro de produção (UFRGS),
tem título de extensão em
Negócios pela Università di
Perugia (Itália) e é professor
da Ulbra, consultor de empresas
(9182.0391).

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